Escrevendo comandos SELECT que acessam dados de mais de uma tabela
As junções são utilizadas para mesclar registros de uma ou mais tabelas em um único resultado. Temos duas grandes categorias para a criação das junções:
- Inner joins: conectam registros em duas ou mais tabelas se, e somente se, existirem registros iguais em todas as tabelas relacionadas (a cláusula INNER é opcional):
SELECT F.NOME, D.DEPARTAMENTO FROM FUNCIONARIOS F INNER JOIN DEPARTAMENTOS D ON F.DEP = D.DEP;
Acima duas tabelas unidas pela condição de igualdade DEP, onde serão apresentados os funcionários que pertencem a um departamento.
- Outer joins: conectam registros em duas ou mais tabelas de maneira inclusiva, se existirem dados em uma tabela que não tenha valores correspondentes em outra, esses registros não correspondentes serão incluídos no resultado (a cláusula OUTER é opcional):
SELECT F.NOME, D.DEPARTAMENTO FROM FUNCIONARIOS F LEFT OUTER JOIN DEPARTAMENTOS D ON F.DEP = D.DEP;
Acima novamente uma junção entre funcionários e departamentos, porém agora os funcionários que não possuírem um departamento (com F.DEP nulo) também irão aparecer no resultado, tendo como resultado na coluna DEPARTAMENTO o valor nulo.
SELECT F.NOME, D.DEPARTAMENTO FROM FUNCIONARIOS F RIGHT OUTER JOIN DEPARTAMENTOS D ON F.DEP = D.DEP;
Acima temos novamente a junção entre funcionários e departamentos, agora nesse exemplo todos os departamentos que não possuem um funcionário irão aparecer no resultado, onde a coluna NOME terá como valor nulo.
SELECT F.NOME, D.DEPARTAMENTO FROM FUNCIONARIOS F FULL OUTER JOIN DEPARTAMENTOS D ON F.DEP = D.DEP;
Agora termos todos os registros, todos os funcionários (incluindo os que não possuem departamento) e todos os departamentos (incluindo os que não possuem funcionários).
Além dos grupos identificados acima podemos ainda classificar as junções em:
- Equijoins: conecta dados de duas ou mais tabelas procurando por dados em comum entre as tabelas.
- Non-Equijoins: conecta dados utilizando relacionamentos que não envolvem igualdade, como por exemplo, quando o salario de um funcionário é verificado dentro de valores de outra tabela:
SELECT F.NOM FROM FUNCIONARIOS F JOIN SALARIOS S ON F.SALARIO BETWEEN S.MIN_SALARIO AND S.MAX_SALARIO;
No exemplo acima estamos procurando por funcionários cujo salário esteja entre os valores mínimo e máximo da tabela de salários.
Ainda quanto às junções temos o NATURAL JOIN, que realiza a junção sem que colunas sejam identificadas, isso apenas para os casos onde as colunas que unem os dados de todas as tabelas da junção possuírem o mesmo nome:
SELECT F.NOME, D.DEPARTAMENTO FROM FUNCIONARIOS F NATURAL JOIN DEPARTAMENTOS D;
Também é possível utilizar a cláusula USING, que indica a coluna que relaciona as tabelas, de maneira similar ao NATURAL JOIN, porém ele também pode ser usado com OUTER JOINS:
SELECT F.NOME, D.DEPARTAMENTO FROM FUNCIONARIOS F LEFT JOIN DEPARTAMENTOS D USING (DEP);
Resumindo:
- Uma junção é qualquer SELECT que seleciona dados de mais de uma tabela;
- Uma junção conecta registros de uma ou mais tabelas;
- EQUIJOIN identifica uma coluna em particular em um registro, e relaciona essa coluna com outra de um registro de outra tabela, e procura por valores que sejam iguais;
- NON-EQUIJOIN difere do EQUIJOIN, pois não procura por igualdades, e sim por relativas igualdades, como por exemplo, um valor dentro de um limite;
- INNER JOIN compara o registro de uma tabela a registros de outra tabela e apenas apresenta o primeiro registro como resultado se um registro igual for encontrado na segunda tabela;
- OUTER JOIN compara dados de duas tabelas e produz resultado sempre que um registro (igual ou não) for encontrado – o LEFT OUTER JOIN mostra os registros de uma tabela e apenas os que forem encontrados na segunda; o RIGHT OUTER JOIN é o oposto; o FULL OUTER JOIN mostra todos os registros de todas as tabelas, de um jeito ou de outro;
- O apelido de tabela existe apenas durante o tempo em que o comando for executado;
- Apelidos de tabelas podem ser usados para remover ambiguidade entre nomes de colunas;
- NATURAL JOIN não nomeia as colunas que conectam tabelas, mas assume que as tabelas envolvidas possuem colunas com o mesmo nome para o relacionamento;
- ¬¬USING é usado com INNER, OUTER e outras junções para conectar tabelas que se relacionam por meio de colunas com o mesmo nome, como o NATURAL JOIN;
- Junções podem conectar uma ou mais tabelas;
Fazendo junção de uma tabela com ela mesma SELF-JOIN
Quando uma junção é realizada entre uma tabela com ela mesma temos um SELF-JOIN, essa junção pode ser um INNER JOIN, OUTER JOIN, EQUIJOIN, NON-EQUIJOIN, etc.
Esse tipo de junção é utilizado quando uma determinada coluna faz referencia a outra coluna da mesma tabela, como por exemplo, podemos ter dentro da tabela de funcionários uma coluna que indique quem é o gerente do funcionário, essa coluna se relacionaria com o código do funcionário:
SELECT A.CODIGO, A.NOME, B.NOME GERENTE FROM FUNCIONARIOS A LEFT OUTER JOIN FUNCIONARIOS B ON A.GERENTE = B.CODIGO;
O resultado da consulta será o código e nome do funcionário seguido do nome do gerente, além de ser apresentado o nome do próprio gerente com valor nulo na coluna GERENTE.
Resumindo:
- SELF-JOIN conecta uma tabela a ela mesma;
- SELF-JOIN normalmente conecta uma coluna a outra coluna da mesma tabela;
- SELF-JOIN também pode ser chamado de uma junção recursiva;
- SELF-JOIN pode se comportar como EQUIJOIN, NON-EQUIJOIN, INNER-JOIN e OUTER JOIN;
Gerando produto cartesiano de todos os registros de duas ou mais tabelas
Também conhecido como CROSS-JOIN o produto cartesiano relaciona registros de uma tabela com registro de outra sem que se indique colunas em comum, ou seja, lista-se na clausula FROM mais de uma tabela sem que se indique colunas que os relacione, com isso teremos para cada registro de uma tabela a repetição de todos os registros de outra:
- O produto cartesiano é conhecido como CROSS-JOIN;
- CROSS-JOIN conecta cada registro de uma tabela com todos os outros registros de outra tabela;
- É criado realizando a junção de duas ou mais tabelas sem uma condição de junção;
- O produto cartesiano é raramente útil;
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